domingo, 14 de outubro de 2012

A impensa e as eleições




As eleições estão a menos de 14 dias de distância, e isso é evidente nas capas dos jornais.
Pelas 3 três capas dos jornais desportivos de hoje, pode-se concluir que Luís Filipe Vieira já está totalmente concentrado nas eleições. 

Desde Boloni a elogiar LFV (quando o tema de que Boloni é “entendido” é o Sporting, é de estranhar o nome de Luís Filipe Vieira ser destaque de uma entrevista a um ex-treinador do Sporting), passando por António Oliveira também a elogiar o presidente do Sport Lisboa e Benfica ( curioso que o contrato com a OliveDesportos acaba este ano…), é fácil constatar que o actual presidente do Benfica comanda na imprensa nacional, deixando pouca hipótese á oposição para apresentar as suas ideias.

Outro ponto também curioso na campanha de Luís Filipe, é o constante exaltar dos êxitos desportivos obtidos nos últimos anos. 

Deixamos uma questão no ar, este êxitos a que Luís Filipe Vieira e os seus assessores se referem, são referentes ao futebol do Benfica ou ás modalidades?

Se for em relação ás modalidades, seria importante salientar que o homem que ressuscitou as modalidades do Benfica, é “apenas” o nº2 da lista de Rui Rangel – Fernando Tavares.

Se por outro lado, caso se refiram aos êxitos da equipa de futebol, devem com certeza falar dos 2 títulos de campeão nacional em 11 anos. Curioso que desde que LFV é presidente do Benfica, o Futebol Clube do Porto tem mais títulos Europeus, que o Sport Lisboa e Benfica tem títulos de campeão nacional….
Em vez de apostar na sua promoção pessoal nas capas da imprensa nacional, o que como gostaríamos de ver como sócios do Sport Lisboa e Benfica, era que LFV como candidato, explicasse como é que o Passivo aumentou de tal modo no seu mandato, para agora estar quase considerado em falência técnica?

Esperemos que até ao próximo dia 26, dia de eleições, exista finalmente um debate de ideias entre os dois candidatos…

A verdadeira aliança


E se eu disser que o Moniz teve durante 31 anos as quotas do Glorioso em atraso e que é um péssimo Benfiquista? Muitos pensarão: “lá está este a criticar o clube”.

Mas não. Estas palavras foram proferidas pelo LFV em 2009.

E se eu tivesse criticado o LFV em 2009 e agora, passados 3 anos, fosse o seu principal apoio? O que me chamavam?

Alguma coisa mudou…

Estou farto de abutres e de pessoas sem carácter no meu Benfica.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Procuram-se adeptos


Não é de agora, não sei porquê, nem de quem é a culpa. Pura e simplesmente não consigo encontrar justificações. Não sei se é por não haver claques organizadas, ou se é por termos demasiados cativos vendidos no nosso querido estádio, ou por nos termos tornado medíocres, ou se é assim o futebol moderno. Sei que o problema não é de agora, este estranho fenómeno já acontece há umas épocas para cá. Quem vai ao estádio religiosamente sabe do que falo. O Benfica perdeu o 12º jogador.

Não existe apoio à equipa durante o jogo quer estejamos a perder, a ganhar ou a empatar. Os adeptos vão para o estádio como se tivessem em casa. Vêem o jogo, bocejam, comem e finalmente rumam ao lar. Não percebem a importância que têm no apoio inequívoco durante os 90 minutos de jogo. Pior, quando sofremos um golo, me levanto e grito “ Vamos Benfica” é frustrante olhar para o lado e ver indivíduos a olhar para mim com um ar repugnante. Devem pensar: “Coitadinho, veio para um estádio ver futebol e gritar pela equipa. É maluco só pode.” E nem vale a pena levantar, pois há sempre o típico “toca a sentar”. Até já chegámos ao cúmulo, e ao ridículo, do speaker ter de puxar pela equipa/adeptos enquanto o jogo decorria.

O apoio do adepto é fundamental. Nos momentos em que a equipa está a ser sufocada pelo adversário ou se galvaniza para cima deles, é fundamental o apoio de todos nós. Além de reforçar a confiança dos nossos jogadores, cria instabilidade na equipa adversária.

Podem nos ter tirado todos os valores do clube que defendemos, podemos ter uma equipa miserável fruto do mau planeamento desportivo, podemos ter um presidente que mente descaradamente aos sócios mas, nós temos de fazer sempre a nossa parte. A nossa parte passa por puxar pela equipa. Sempre. Apesar de nos fazerem crer que o Benfica não nos pertence, o Benfica é nosso e há-de ser.

Treinadores passam, jogadores e presidentes idem, e até o nosso velho estádio já foi. Mas o Benfica ficou sempre. Por isso, amanha é dia de Benfica e ir ao estádio não é ficar sentado numa cadeira apenas a ver o jogo. Podem até só bater palmas, mas façam-se ouvir.

Os nossos jogadores agradecem… e o Benfica também.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Análise do plantel: Melgarejo


Mais uma adaptação de Jorge Jesus. Voltou à Luz depois de um empréstimo muito bem sucedido na Mata Real. No Paços de Ferreira fez 29 jogos e 10 golos. Uma marca fantástica, tendo em conta que foi a primeira experiência no futebol português. Foi alvo de duras críticas, motivadas acima de tudo pela sua inexperiência na posição. Na primeira jornada frente ao Sporting de Braga, na Luz, cometeu dois erros que custaram ao Benfica o empate a 2 bolas frentes aos bracarenses. O que é certo é que desde então os adeptos encarnados parecem se ter esquecido dele, o que por si só é bom sinal. Nos jogos seguintes a esse empate, o paraguaio esteve quase sempre em bom plano (especialmente em Setúbal), não cometeu mais erros fatais e mostra para já que está a aproveitar da melhor forma a oportunidade que o treinador encarnado lhe deu. 


Na deslocação a Celtic Park esteve muitíssimo bem defensivamente, contudo, nota-se ainda algum receio em subir no terreno e causar desequilíbrios (aquilo que faz melhor e que despertou a atenção de Jorge Jesus numa possível adaptação). Com o tempo vai com certeza melhorar defensivamente e ofensivamente, ganhar rotinas na posição e acima de tudo elevar os seus níveis de confiança. Tem sido trabalhado fisicamente (como aconteceu com David Luiz, Di Maria ou Óscar Cardozo), uma vez que era extremamente franzino para a posição. Este reforço de massa muscular poderá, de momento, tirar alguma da sua agilidade de movimentos. Acredito que é um jogador que ainda vai dar muito que falar e pela positiva.

Análise do plantel: A dupla de centrais


Luisão - O nosso capitão. O homem do título em 2004/2005 voltou a sê-lo em 2009/2010, com um golo decisivo na vitória por 1-0 frente ao Sporting de Braga (adversário directo nessa época). Um jogador que já vai na décima época de águia ao peito. Vindo do Cruzeiro no verão de 2003 por 1 milhão de euros, é talvez um dos melhores negócios realizados pelo Benfica, de sempre.

O Girafa é quase intransponível no jogo aéreo, muito forte defensivamente, fruto da sua larga experiência, transmite uma segurança enorme à equipa e isso reflete-se não só na defesa como também no ataque. É um jogador habituado a marcar muitos golos (já no cruzeiro na sua última época, foi o segundo melhor marcador da equipa com 8 golos), muitos deles decisivos.


O internacional brasileiro está suspenso 2 meses, depois de um episódio lamentável, durante a pré-temporada, num jogo amigável frente ao Fortuna Dusseldorf. O incidente aconteceu com o árbitro alemão Christian Fischer e teve repercussões tanto a nível nacional como internacional, ficando o defesa benfiquista impedido de jogar até 19 de Novembro. A sua falta será sentida e esperemos não ver hipotecada a nossa luta pelo campeonato nacional. Acreditamos que não será.

Garay - Sem sombra de dúvidas, o melhor defesa central a actuar em Portugal. É raro encontrar um jogador deste calibre no campeonato nacional. Uma peça fundamental na equipa, complementa-se perfeitamente com Luisão. Imperial na equipa.


Rápido nas dobras, percebe de forma quase perfeita o conceito de jogar no fora-de-jogo adversário. Na ausência do capitão encarnado tem sido uma peça nuclear no equilíbrio da defesa encarnada, tendo-se assumido de forma clara como a voz de comando de serviço. É melhor aproveitar este jogador enquanto podemos, aproveitando cada jogo que faz com o "manto sagrado" vestido.

Visto por: João David Silva Carvalho e Observador nato

Análise do plantel: Maxi Pereira


Um jogador à Benfica. Extremamente combativo, com garra e que nunca desiste de um lance. Um defesa direito que emprega a velocidade e profundidade necessárias à equipa. É bastante ofensivo, o que é absolutamente necessário para jogar num grande, onde para ser defesa não chega saber defender. Peca por ter algumas debilidades defensivas e de complicar muitas vezes o que parece ser simples.


É um orgulho e um privilégio ter o melhor defesa direito do campeonato na equipa da Luz.

Visto por: Observador nato

terça-feira, 25 de setembro de 2012

O empate em Coimbra e Xistra


No passado domingo, o Benfica deslocou-se a Coimbra para jogar a 4ª jornada da Liga Zon-Sagres. O encontro terminou empatado a 2 golos, num jogo onde o Benfica podia ter resolvido a questão nos primeiros 10 minutos, em que Cardozo e Rodrigo enviaram 2 bolas aos postes da baliza defendida por Ricardo, tendo o paraguaio, também nesse espaço de tempo, falhado um golo incrível isolado num frente-a-frente com o guarda-redes “estudante”. Um jogo marcado por um Benfica com um caudal ofensivo assinalável, por um Benfica algo perdulário na hora de concretizar e por um terrível árbitro que sem ovos conseguiu fazer omeletes, incrível.


Mal soou o apito inicial, a equipa comandada por Jorge Jesus entrou decidida a resolver a questão, com uma entrada à Benfica. O duelo com os postes começou nos pés de Enzo Pérez (minuto 4), que trabalhou bem no lado direito do ataque encarnado e de seguida assistiu Óscar Cardozo, que com o joelho enviou a bola ao travessão superior da baliza da Académica. Um minuto depois foi a vez de Rodrigo, de forma algo displicente (como é possível?), e a 2 metros da baliza, enviar a bola ao poste, depois de uma boa assistência de Bruno César. Ainda nos primeiros 10 minutos da partida, o ponta de lança paraguaio do Benfica ainda teve tempo de falhar, só com o guarda-redes da Académica a separá-lo do golo. Aos 25 minutos e numa das primeiras idas dos estudantes à baliza encarnada começa o festival de Carlos Xistra. Penalty assinalado contra a equipa do Benfica, por suposto empurrão nas costas de Makelele dentro da área. O ponta de lança, Salim Cissé assume a marcação da grande penalidade, colocando a Académica na frente do marcador. O Benfica começou a pressionar a equipa estudante, mas quase sempre definiu mal os lances de ataque. Ainda antes do intervalo, Bruno César faz mais um grande cruzamento na esquerda, com Óscar Cardozo a cabecear e a enviar, mais uma vez, a bola ao ferro, isto depois de um desvio de Ricardo. As equipas recolheram aos balneários.

                                       

A equipa do Benfica voltou para a segunda parte do encontro decidida a virar o resultado. Saiu Bruno César e entrou Nolito. A equipa ganhou maior capacidade de penetração na defesa adversária, onde o espanhol é perito em encontrar brechas onde elas não existem. Foram precisos 3 minutos. Salvio faz o que quer da defesa da Académica, no lado direito do ataque encarnado, assistindo Nolito que no “coração da área” remata para a baliza, com o defesa Rodrigo Galo a defender a bola com os braços. Foi assinalada grande penalidade e consequente ordem de expulsão para o defesa "estudante". Cardozo não falhou e colocou as águias em igualdade no marcador. O Benfica voltou a carregar. Até que resolveu aparecer, outra vez, um artista improvável (ou não) de nome Carlos Miguel Taborda Xistra. Aos 70 minutos, e depois de uma incursão pela esquerda, o defesa esquerdo estudante, Hélder Cabral vê a sua jogada ser terminada depois de um corte limpo de Ezequiel Garay. O árbitro natural da Covilhã, naturalmente de barriga cheia,  com muita "fruta" ingerida até então, encontrou ainda espaço para a derradeira peça e assinalou grande penalidade. Uma obra de arte. Um hino à submissão para com os “de lá de cima”. Wilson Eduardo transformou a grande penalidade em golo, colocando a Académica na frente do marcador. Aos 76 minutos Jorge Jesus coloca em campo, o recém contratado, Lima. Foram precisos 10 minutos para o avançado restaurar a igualdade no marcador, num remate espectacular, que teria ganho maior notoriedade, caso o Benfica não tivesse "escorregado". A equipa encarnada ainda tentou de tudo, mas sem sucesso. Final do jogo.

                                     

A partida terminou com um empate a duas bolas e com um sentimento amargo na boca de todos os adeptos, jogadores e Equipa Técnica encarnada. O que se passou em Coimbra foi vergonhoso, contudo, convém também referir que o Benfica, como candidato sério ao título que é, e não descurando a excelente partida que fez, não se pode dar ao luxo de falhar golos quase-feitos como Rodrigo e Cardozo o fizeram. O caminho é seguir em frente e ganhar já o próximo jogo (sexta-feira, dia 28) na Mata Real.

Eu acredito no Benfica campeão! Cabeça erguida e vamos para cima deles!