No passado domingo, o Benfica deslocou-se a Coimbra para
jogar a 4ª jornada da Liga Zon-Sagres. O encontro terminou empatado a 2 golos,
num jogo onde o Benfica podia ter resolvido a questão nos primeiros 10 minutos, em que Cardozo e Rodrigo enviaram 2 bolas aos postes da baliza defendida por
Ricardo, tendo o paraguaio, também nesse espaço de tempo, falhado um golo
incrível isolado num frente-a-frente com o guarda-redes “estudante”. Um jogo
marcado por um Benfica com um caudal ofensivo assinalável, por um Benfica algo
perdulário na hora de concretizar e por um
terrível árbitro que sem ovos conseguiu fazer omeletes, incrível.
Mal soou o apito inicial, a equipa comandada por Jorge Jesus
entrou decidida a resolver a questão, com uma entrada à Benfica. O duelo com
os postes começou nos pés de Enzo Pérez (minuto 4), que trabalhou bem no
lado direito do ataque encarnado e de seguida assistiu Óscar Cardozo, que com o
joelho enviou a bola ao travessão superior da baliza da Académica. Um minuto
depois foi a vez de Rodrigo, de forma algo displicente (como é possível?), e a
2 metros da baliza, enviar a bola ao poste, depois de uma boa assistência de
Bruno César. Ainda nos primeiros 10 minutos da partida, o ponta de lança
paraguaio do Benfica ainda teve tempo de falhar, só com o guarda-redes da
Académica a separá-lo do golo. Aos 25 minutos e numa das primeiras idas dos
estudantes à baliza encarnada começa o festival de Carlos Xistra. Penalty
assinalado contra a equipa do Benfica, por suposto empurrão nas costas de
Makelele dentro da área. O ponta de lança, Salim Cissé assume a marcação da grande penalidade,
colocando a Académica na frente do marcador. O Benfica começou a pressionar a equipa estudante, mas quase sempre definiu mal os lances de ataque. Ainda
antes do intervalo, Bruno César faz mais um grande cruzamento na esquerda, com
Óscar Cardozo a cabecear e a enviar, mais uma vez, a bola ao ferro, isto depois
de um desvio de Ricardo. As equipas recolheram aos balneários.
A equipa do Benfica voltou para a segunda parte do encontro
decidida a virar o resultado. Saiu Bruno César e entrou Nolito. A equipa ganhou
maior capacidade de penetração na defesa adversária, onde o espanhol é perito
em encontrar brechas onde elas não existem. Foram precisos 3 minutos. Salvio
faz o que quer da defesa da Académica, no lado direito do ataque encarnado,
assistindo Nolito que no “coração da área” remata para a baliza, com o defesa
Rodrigo Galo a defender a bola com os braços. Foi assinalada grande penalidade
e consequente ordem de expulsão para o defesa "estudante". Cardozo não falhou e
colocou as águias em igualdade no marcador. O Benfica voltou a carregar. Até
que resolveu aparecer, outra vez, um artista improvável (ou não) de nome Carlos
Miguel Taborda Xistra. Aos 70 minutos, e depois de uma incursão pela esquerda,
o defesa esquerdo estudante, Hélder Cabral vê a sua jogada ser terminada depois
de um corte limpo de Ezequiel Garay. O árbitro natural da Covilhã, naturalmente
de barriga cheia, com muita "fruta" ingerida até então, encontrou ainda espaço para a derradeira peça e assinalou grande penalidade. Uma obra de arte. Um hino à submissão para com os “de
lá de cima”. Wilson Eduardo transformou a grande penalidade em golo, colocando
a Académica na frente do marcador. Aos 76 minutos Jorge Jesus coloca em campo, o
recém contratado, Lima. Foram precisos 10 minutos para o avançado restaurar a
igualdade no marcador, num remate espectacular, que teria ganho maior
notoriedade, caso o Benfica não tivesse "escorregado". A equipa encarnada ainda
tentou de tudo, mas sem sucesso. Final do jogo.
A partida terminou com um empate a duas bolas e com um
sentimento amargo na boca de todos os adeptos, jogadores e Equipa Técnica
encarnada. O que se passou em Coimbra foi vergonhoso, contudo, convém também
referir que o Benfica, como candidato sério ao título que é, e não descurando a
excelente partida que fez, não se pode dar ao luxo de falhar golos quase-feitos
como Rodrigo e Cardozo o fizeram. O caminho é seguir em frente e ganhar já o
próximo jogo (sexta-feira, dia 28) na Mata Real.
Eu acredito no Benfica campeão! Cabeça erguida e vamos para
cima deles!